Vamos aproveitar a semana da mulher para falar sobre esse tema muito IMPORTANTE de ser falado.
A liderança feminina precisa ganhar destaque em toda a sociedade. Em todas as empresas, de todos os segmentos.
Vamos à uma recente pesquisa realizada sobre a presença feminina no mercado.
Os dados mostram que, no Brasil, as mulheres são 57% dos universitários. Os números, porém, vão diminuindo. Nos níveis de liderança, vai para 43%; executivo sênior, 19%; CEOs, 11%. A preocupação fica ainda maior quando pegamos as 200 maiores empresas do Brasil e temos apenas duas CEOs mulheres.
A pesquisa, feita pela Bain & Company, procurou entender por que isso acontece. Por isso, mapeou o que as mulheres e os homens pensam sobre determinadas situações. Ambos os gêneros, por exemplo, pensam que homens lidam melhor com processos de pressão. Ao mesmo tempo, as mulheres lidam melhor com liderança transformacional, montando equipes mais otimizadas, afins. E por que isso não acontece na prática?
Segundo a pesquisa, líderes estão propensos a indicar lideranças sucessoras que sejam parecidas consigo. Assim, acabam buscando outros homens.
Para Fernanda Flandoli, CEO do Quebrando o Tabu e fundadora da VisionVenture, quando pensamos em igualdade, tendemos a pensar que isso vai simplesmente acontecer. Por isso, questiona: “Do ponto de vista do indivíduo, o que a gente, sendo parte de uma corporação, sendo líderes dos próprios empreendimentos como agente de mudança, o que podemos fazer?”.
Isabella Wanderley, vice-presidente de negócios e novos canais digitais do Grupo Boticário, destaca que existe um papel das lideranças femininas atuais nas organizações que é fundamental. “É preciso promover a discussão, inspirar as novas gerações, apontar os novos caminhos”, diz. Afinal, vivemos em um mundo com uma diversidade muito grande de liderança. O olhar feminino traz um olhar humano – algo que as empresas precisam ter em todas as suas frentes.
Fora isso, é necessário lembrar que o assunto envolve 52% da população do planeta, destaca Ana Fontes, CEO da Rede Mulher Empreendedora. “Tem uma questão de propósito, as mulheres olham a vida de uma forma mais colaborativa. E essa não é uma guerra entre homens e mulheres”, ressalta. A discussão não tem a ver com melhor ou pior. O papel da mulher é fundamental na sociedade, seja como mãe, esposa, filha. “A importância econômica é fundamental. A equidade de gêneros também traz ganhos ao mercado: dá poder de consumo a um dos grupos consumidores principais”.
Fernanda também destaca o envolvimento dos homens no debate sobre equidade de gênero. Não é uma luta: os homens são aliados nessa busca, é uma caminhada conjunta.
Fonte: Consumidor Moderno